Você já sabe qual o seu candidato e no que sua escolha irá influenciar…

14 set

Você já sabe qual o seu candidato e no que sua escolha irá influenciar nos seus investimentos e projetos de longo prazo?

Nessa eleição que promete ser a mais acirrada de todos os tempos e onde a disputa está concentrada nos extremos, qual a sua posição?

Hoje, se você vai a um encontro familiar, uma festa, ou até mesmo uma reunião de negócios, um dos temas prioritários da pauta é: ELEIÇÕES. Com certeza você, caro leitor, deve ter se identificado com isto. O que dizer então daquelas discussões acaloradas que sempre terminam na saída de alguns integrantes de grupo no WhatsApp, ou o bloqueio de alguém nas redes sociais? Sim, as discussões políticas estão tão extremadas quanto os políticos que estão despontando nas pesquisas eleitorais. E o mais digamos, engraçado, é o susto que levamos até mesmo dentro da família quando vemos pessoas que jamais podíamos imaginar, se revelando a favor deste ou daquele candidato!! Viva a diversidade…rs

Deixemos de lado Bolsonaro, Ciro e Haddad (que trataremos deste tema no final por ser mais relevante), para falar do apagado “centrão” da política brasileira. Alckmin, carinhosamente conhecido como “Picolé de Chuchu”, não consegue sair do 1º dígito nas pesquisas. Já usou seus intermináveis 5 minutos e 32 segundos por bloco na TV para atacar Bolsonaro, agora promete virar o canhão para Ciro e Haddad, mas nada parece funcionar.

Porque será que com tanto tempo na TV, mesmo assim Alckmin não decola?

Talvez seja por conta de fatores exógenos como Aécios, Azambujas, “Richas”. Coincidentemente todos do seu partido, o PSDB. A cereja do bolo foi a notícia de Junho deste ano que durante a gestão do “Picolé” no estado de SP, o trecho norte do Rodoanel foi superfaturado em R$ 600 milhões e acabou com a prisão do seu ex-secretário. “Diga-me com quem andas e eu te direi quem és”, faz sentido?

Por outro lado, não podemos negar que, se por acaso Geraldo “Chuchu” Alckmin for presidente, economicamente falando, seria saudável para o país, dada sua visão reformista que tanto agradaria o mercado e investidores estrangeiros. Pelo menos nisso, a coligação (ou quadrilha?) formada pelos diversos partidos que o apoiam, foi bom para que ele tenha força no Congresso em uma possível vitória. Além disso, neste cenário, analistas acreditam que o dólar voltaria para patamares inferiores a R$ 3,50 no médio prazo e a bolsa superaria os 100 mil pontos.

E Marina Silva, o que acontece com seus números na campanha que vem caindo?

Digamos assim, democraticamente, que deveríamos fazer um plebiscito popular para tratar do assunto…rsrs. Brincadeiras à parte, pois de cada 10 palavras de Marina, 11 são “democraticamente” ou “plebiscito”, Marina dificilmente toma partido das questões mais “pujantes” da política atual, sempre se esquivando de assuntos polêmicos e, de acordo com a revista “Isto É” da semana passada, seu marido, Fábio Vaz de Lima é réu na 6ª Vara da Justiça Federal de São Luis, no Maranhão, por responder a processo por improbidade administrativa. Ele e mais 18 pessoas são acusadas pelo desvio de R$ 44,1 milhões de um projeto da Usimar para a produção de componentes automotivos junto à Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), avaliado em R$ 600 milhões. Mas como?! Se ela se apresenta como toda pura, defensora de uma nova política, sem corruptos no governo, mas esquece de olhar para sua própria casa? Acho que vale novamente aqui… “Diga-me com quem andas e eu te direi quem és”.

Do lado da economia, não seria tão trágico, de acordo com as expectativas do mercado, porém na verdade, ninguém sabe no que Marina pode se transformar se for presidente. Mas olhando os outros candidatos da esquerda, ela seria a menos danosa à economia com chances ainda de aprovar algumas reformas importantes que o Brasil precisa. O dólar neste cenário ficaria em torno de R$ 3,60 a R$ 4,00 para a maioria dos analistas de mercado e a bolsa entre 70 e 85 mil pontos.

Agora vamos aos protagonistas para o pleito. Começando por Jair “o Messias” Bolsonaro.

De onde vem tanto amor e ódio por esse “Serumaninho”?

Bolsonaro vem há muito tempo liderando a corrida presidencial com folga. No entanto, sua rejeição segue subindo e a preocupação do seu eleitorado agora é com o 2º turno, onde o índice de rejeição conta demais. Em sua campanha, ele se vende como o salvador da pátria. De fato seria uma mudança radical dos últimos 16 anos de governo Lulista (apesar de Lula e seus militantes culparem os últimos 2 anos de governo Temer pelo caos e não os 14 anos anteriores de muitos “mensalões”, “petrolões” e afins…) para um governo quase que militar. O que pesa a seu favor é o fato de estar fora de todos os escândalos de corrupção até hoje. Seu eleitorado se apoia nisso. A tão comentada “facada” em Bolsonaro, um atentado cometido por um infeliz tão extremista quanto o próprio Jair (apesar da imprensa tentar rotulá-lo de doente), que sabe falar muito bem na frente do Juiz, até melhor que eu, serviu para Bolsonaro agregar mais alguns pontos percentuais nas pesquisas. No entanto, o que mais me preocupa em relação ao candidato, não são as discussões se ele é misógino, homofóbico, sexista, racista, taxista, anti-refugiados… tudo isso é muito superficial, a mídia pergunta e afirma sempre as mesmas coisas e ele responde e nega sempre as mesmas coisas (alías o jornalismo político brasileiro precisava de um intensivão – mas vamos deixar isso pra lá). O problema real é ele se vender como um candidato liberal (agora apoiado por Paulo Guedes, verdadeiro liberal), ludibriar seu eleitor, mas em seus quase 30 anos de Congresso, por diversas vezes ter sido contra privatizações, falar em tom estatizante e anti-reformas (já chegou a falar contra a Reforma da Previdência) que propõem austeridade fiscal. Então ele ser liberal de verdade ou não, será diretamente relacionado ao quanto ele dará de poder ao seu possível Ministro da Fazenda, Paulo Guedes.

O mercado está confiante que uma vitória de Bolsonaro seria bom para as reformas econômicas que o Brasil precisa. Particularmente, eu discordo um pouco, acho que ele está se cercando de algumas pessoas muito competentes, mas o que importa realmente é o quanto ele deixará essas pessoas trabalharem e exporem suas idéias. Mais da metade dos analistas de mercado acreditam num dólar flutuando entre R$ 3,50 e R$ 3,80 com a vitória de Bolsonaro e uma bolsa entre 85 e 100 mil pontos.

Ciro e Haddad, faces da mesma moeda? Quase.

Vamos agora falar dos representantes da esquerda nessas eleições.

Começando por Ciro Gomes, o Rei do Cangaço, com seu temperamento explosivo, trocas partidárias e prática familiar de fazer política. Qualquer semelhança com o candidato da foto acima é mera coincidência (todas as características servem em Jair). Podemos dizer que Ciro é um Bolsonaro às avessas. E o mais impressionante é ver a quantidade de pessoas que desprezam Bolsonaro por ser machista, racista, etc…e dizem que votarão em Ciro. Em 2002, Ciro em campanha para presidência chamou um ouvinte de “burro” ao vivo, comparou médicos a sal: “branco, barato e tem em todo lugar” e para fechar com chave de ouro, nesta mesma época, perguntado qual era a função de sua esposa na campanha (a 2ª de 4 esposas) ele respondeu: “O papel da minha esposa é dormir comigo”.

Vale destacar o fato de Ciro confiar “cegamente” no atual presidente do seu partido, Carlos Lupi, que é réu por improbidade administrativa em processo que tramita na 6ª Vara da Justiça Federal em Brasília. É investigado em um outro inquérito por peculato, lavagem de dinheiro e caixa 2 eleitoral, por suposta venda de apoio político para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff em 2014. Ainda é citado na delação de Carlos Miranda, apontado pela Justiça como operador do esquema financeiro chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral (e Ciro não sabe de nada disso? Aham).

Quando o assunto é o ex presidente, agora presidiário, Lula, ele tem 2 discursos. Parecem dois comerciais de TV feitos um para o horário nobre da TV aberta e outro para o Premiere. O famoso morde e assopra dependendo do palanque que ele sobe.

Quando o assunto é economia, o discurso de Ciro assusta, dizer que vai tirar 65 milhões de pessoas do SPC sem detalhar, parece um pouco invadir a autonomia dos bancos, além de toda sua campanha estar vinculada ao aumento de gastos de um governo quase falido.

E Haddad?

Lula, quer dizer, Haddad (desculpem a confusão, pois Lula agora é Haddad), que sempre pareceu um político ponderado, muito bem formado, que fala bem e vestia ternos, apesar de na época que foi prefeito de São Paulo ter reprovação de 40% ao final de sua gestão, agora adotou um tom mais estilo guerrilha do PT, subiu no palanque, chacoalha os braços com o dedo indicador em riste e usa camiseta básica, falando com erros de concordância (procure por vídeos recentes). Enfim, rapidamente, por ordem da alta cúpula do partido, Haddad montou esse personagem para substituir o inelegível Luis Inácio. Será mesmo então que Lula agora é Haddad? Só falta acabar preso então para a mudança ficar fidedigna. Vontade não lhe falta, já que há menos de 10 dias foi denunciado por corrupção, quadrilha e lavagem de dinheiro.

……

Para concluir, o que o Brasil precisa é um choque de gestão. O País não aguenta mais os desmandos da velha política corrupta que se instalou muito antes mesmo da própria república, com políticos alimentando seus currais eleitorais e promovendo a política do “pão e circo”. João Amoêdo pode sim ser o candidato mais lúcido desta eleição, ter propostas concretas, não fugir do debate (os debates que fogem dele) e parece ser o único dos presidenciáveis a realmente declarar seu verdadeiro patrimônio ao TSE (chega a ser piada de mal gosto o que alguns candidatos declaram – por um momento me compadeço com o sofrimento alheio). Mas infelizmente, mais da metade dos eleitores brasileiros desconhecem a figura. Então é carta fora do baralho.

Infelizmente, o protagonismo está nas velhas raposas da política que, como sempre, em ano de eleição, contratam os melhores marqueteiros do país para encenar “Alice no país das maravilhas” ao povo brasileiro. Nos resta rezar e fazer a escolha menos danosa para o futuro do nosso país, que está na UTI, em coma, respirando por aparelhos há alguns anos!!

Um forte abraço,

Igor Cruvinel

Diretor Concierge de Investimentos na Doc Concierge

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