Tensão e desaceleração econômica global aumentam e prometem sacudir o mercado brasileiro
“Perto de 90% do PIB mundial deve desacelerar em 2019” – esta foi a declaração de Kristalina Georgieva, nova diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Há 2 dias atrás a diretora do FMI só ratificou um cenário que estamos esperando desde o começo de 2019. A economia global vem em sincronizada redução de velocidade e pode atingir seu menor crescimento em uma década.
Tem ficado claro que estímulos econômicos como redução de taxa de juros, caso dos EUA, e injeção de dinheiro na economia como no caso da Europa e China, já não são mais eficazes como eram anos atrás. Os indicadores industriais e de serviços insistem em ficar abaixo das expectativas. As taxas de juros dos países mais desenvolvidos ao redor do globo estão em terreno negativo e mesmo assim as economias não respondem, a inflação não aparece.
E o responsável por grande parte disso é a Guerra Comercial entre EUA e China, que deixou a muito tempo de ser apenas comercial e não acreditamos num acordo entre amanhã e sexta-feira (data em que os 2 países irão se reunir). Se esta situação se prolongar a perda pode chegar a US$ 700 bilhões em 2020, equivalente a 0,8% do PIB global. É como uma Suiça acabar.
Mas qual o impacto disto no Brasil? É grande, como em todos os países emergentes. Em um cenário de crise global, os investidores fogem dos países mais arriscados. Acabamos de sentir isso neste começo de Outubro quando a bolsa caiu cerca de 5% e mais de US$ 6 bilhões de dólares saíram da bolsa brasileira.
Em resumo, para todos os clientes, os que tiveram ao longo de 2019 grandes ganhos na bolsa como era esperado e os que estão começando agora a investir e nos acompanhar, mantenham-se neutro, nem compre e nem venda. Este último trimestre do ano promete ser o mais volátil do ano visto que nem Trump e nem Xi Jinping estão jogando para empatar, ambos querem vencer. Somente uma cooperação internacional e ações sincronizadas de políticas econômicas podem mudar estre trajeto.
Abraços,
Igor Cruvinel – Sócio Diretor de Investimentos
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